sexta-feira, 25 de março de 2011

O IBGE continua uma enigma

Para o aposentado desinformado e o Agente de Coleta do interior, a política de descontos e atendimentos implantados pela atual Direção do IBGE, (diga-se Diretoria Executiva), pode parecer, plagiando certo escritor russo, que “juro que os aposentados e os pensionistas do IBGE vivem em permanente estado de incerteza quanto aos descontos que serão perpetrados em seu contracheque”.
Não podemos comungar com o Conselho Diretor e sua ideia de que o conhecimento é o inimigo da Fé. Sabemos que a função deste Conselho é técnica, mas os seus membros poderiam alertar a Direção a respeito das arbitrariedades que são cometidas contra aposentados e pensionistas, pois, em curto espaço de tempo, farão parte desse contingente desprotegido.
A Associação dos Aposentados e Pensionistas do IBGE-DAPIBGE encontra-se organizada, nesta guerra de desrespeito, em que as orientações são imprecisas ou fora do alcance daqueles que não residem na cidade de São Sebastião do Rio de janeiro.
Nossa intenção não é de criticar, mas, de pleitear que nossos direitos sejam respeitados. É de interesse do DAP, e de seus Associados, que todas as notícias e atos referentes aos aposentados e pensionistas sejam imediatamente repassados a cada um dos atingidos, na mesma velocidade em que os descontos são realizados no contracheque. Privar, sem avisar, o aposentado de parcela de seus vencimentos, implicando diminuição da margem consignada, é o mesmo que anular, por completo, o direito do aposentado. Não obstante, o protagonista age como se fosse um Vice-Rei dos tempos coloniais: não aceita diálogo. O que leva o IBGE a pensar que os aposentados e pensionistas deixaram de existir, privando-os das informações que são repassadas apenas aos ativos? Custaria incluí-los na lista de destinatários das informações contidas na Intranet do Órgão? Com toda a sofisticação de que dispõe para a divulgação de seus dados, por que privar os aposentados e os pensionistas das informações que interessam a todos. O tratamento desrespeitoso que o IBGE hoje lhes dispensa, leva a crer que a contribuição que deram à Instituição de nada valeu.
A opção por uma abordagem reflexiva, na linha de solicitação, torna-se importante, na medida em que nos leva a acreditar que o IBGE não tem compreensão e conhecimento da falta de comunicação com seus aposentados e de possíveis resultados na diminuição dos vencimentos. Para nós aposentados, a pouca atenção mostra uma frágil política institucional. As falas reforçam, em suas assertivas e nos argumentos utilizados, o tamanho da importância da comunicação para um processo de participação. Ao falar dos compromissos da comunicação, os gestores expressam, em seus discursos, de forma muito significativa o valor de seu Cargo, mas não mostram o seu real papel social. Os benefícios mais guardados pelos Gestores são aqueles da negação ao pedido apresentado pelo aposentado.
São bastante conhecidas e altamente insatisfatórias as condições de atendimento ao aposentado.
Numa Instituição estabilizada e forte como o IBGE, é muito importante observar se os descontos de quaisquer índices percentuais são suportáveis, aceitáveis ou legais, que não venham a colidir com as necessidades presentes do aposentado, que empenhou a sua própria vida em favor da Casa.
O sentimento geral, captado nas Assembléias do DAP, a partir de manifestações de seus Associados, revela desalento e desânimo crescentes, sensação de que estamos ao relento.

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